sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O QUE É USINAGEM?
O QUE É USINAGEM? A figura à direita mostra a condição de uma aresta de corte gerando cavacos ao cortar um material. A temperatura na ponta da aresta de corte chega a 800ºC devido ao impacto e à colisão. As classes de metal duro que suportam essas altas temperaturas são mais bem sucedidas. O metal duro moldado em diferentes formas mais conhecido é o inserto indexável. ,que é utilizado em formas variadas de suportes e são selecionados de acordo com o formato do material a ser usinado e o método de usinagem. 
 
 
O que é Metal Duro?
INTRODUÇÃO
Ferramentas de corte em nosso dia-a-dia?Estamos rodeados por muitos produtos metálicos em nosso dia-a-dia. Você sabe como esses produtos são fabricados? Há muitas maneiras de usinar metais, mas o método mais utilizado é o corte. Aqui vamos aprender sobre ferramentas de corte e processos de corte. O que queremos dizer com "ferramentas de corte"?
Primeiro, vejamos alguns exemplos de ferramentas de corte presentes em nosso dia-a-dia. Facas e raladores na cozinha, tesouras e apontadores nos escritórios e serrotes e plainas na garagem são ferramentas de corte.
Estas ferramentas de corte possuem uma característica comum que é transformar um objeto em um formato especÍfico e assim gerando cavacos.
Como você viu até agora, ferramentas de corte são ferramentas que cortam coisas para que adquiram um formato desejado. Ferramentas de corte em nosso dia-a-dia cortam frutas, vegetais e madeira, mas as ferramentas de corte produzidas pela Mitsubishi Materiais cortam materiais mais duros, como aço.
Agora, vejamos as ferramentas de corte para usinar aço, o principal material industrial no mundo.
 
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE METAL DURO
 
Vamos ver o processo de fabricação de metal duro. Primeiro, misture carboneto de tungstênio com cobalto para chegar ao pó que é classificado como matéria-prima. A mistura granulada é colocada num molde côncavo e é prensada. Isso fornece uma consistência moderada como a do giz. Depois, o compacto prensado é colocado num forno de sinterização e é aquecido a uma temperatura de aproximadamente 1400ºC, resultando no metal duro. Depois de sinterizado, o volume diminui consideravelmente.
      

Processo de Fabricação de Metal Duroe

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O que é torneamento?

Torneamento é a combinação de dois movimentos: rotação da peça e movimento de avanço da ferramenta. Em algumas aplicações, a peça pode ser estacionária, com a ferramenta girando ao seu redor para cortá-la, mas basicamente o princípio é o mesmo. O movimento de avanço da ferramenta pode ser ao longo da peça, o que significa que o diâmetro da peça será torneado para um tamanho menor. Alternativamente a ferramenta pode avançar em direção ao centro, para o final da peça, o que significa que a peça será faceada. Frequentemente, são combinações dessas duas direções, resultando em superfícies cônicas ou curvas, com as quais as unidades de controle dos tornos CNC atuais podem lidar por meio de muitas possibilidades de programas. O torneamento pode ser decomposto em diversos cortes básicos para a seleção de tipos de ferramentas, dados de corte e também para a programação de certas operações. (A princípio será abordado principalmente o torneamento externo, deixando outras operações mais específicas, como rosqueamento, ranhuramento e mandrilamento, para serem discutidas posteriormente). Torneamento geral – Usinagem em corte único – Basicamente, o torneamento gera formas cilíndricas com uma ferramenta de corte usinando com uma única aresta e, na maioria dos casos, a ferramenta é estacionária e a peça gira. Em muitos aspectos é o método de corte de metal onde a ferramenta avança em um sentido linear, gerando formas não muito complexas. Por outro lado, por ser o processo mais amplamente utilizado e que mais facilmente permite desenvolvimento, o torneamento é um processo altamente otimizado, exigindo cuidadosa avaliação dos diversos fatores em aplicações. Apesar de geralmente ser uma operação de corte único, o processo de torneamento varia em função do formato e do material da peça, das condições, exigências, custos etc. – fatores esses que podem influenciar na ferramenta de corte. As ferramentas de torneamento atuais são cuidadosamente projetadas, com base em décadas de experiência, pesquisa e desenvolvimento. Da microgeometria e material da ferramenta, passando pelo formato e fixação da pastilha intercambiável no porta-ferramentas, atualmente a ferramenta cuida da dinâmica do corte do metal de uma forma que seria impensável algumas décadas atrás. Muitos dos principais que se aplicam à usinagem de corte único também se aplicam a outros métodos de corte de metal, como mandrilamento e até mesmo a usinagem rotativa multitponto como o fresamento. Há diversos tipos básicos de operações de torneamento, que exigem tipos específicos de ferramentas para que a operação seja executada de maneira mais eficiente.
tipos de cavaco

Cavaco Contínuo

  • Mecanismo de Formação:
    O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte.
  • Acabamento Superficial:
    Como a força de corte varia muito pouco devido a contínua formação do cavaco, a qualidade superficial é muita boa.

Cavaco Cisalhado

  • Mecanismo de Formação:
    O material fissura no ponto mais solicitado. Ocorre ruptura parcial ou total do cavaco. A soldagem dos diversos pedaços (de cavaco) é devida a alta pressão e temperatura desenvolvida na região.
    O que difere um cavaco cisalhado de um contínuo (aparentemente), é que somente o primeiro apresenta um serilhado nas bordas. 
  • Acabamento Superficial:
    A qualidade superficial é inferior a obtida com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibrações que resultam numa superfície com ondulosidade.

Cavaco Arrancado

  • Mecanismo de Formação:
    Este cavaco é produzido na usinagem de materiais frágeis como o ferro fundido.
    O cavaco rompe em pequenos segmentos devido a presença de grafita, produzindo uma descontinuidade na microestrutura.
  • Acabamento Superficial:
    Devido a descontinuidade na microestrutura produzida pela grafita ( no caso do FoFo), o cavaco rompe em forma de concha gerando uma superfície com qualidade superficial inferior.
Cavaco é o material removido do tarugo durante o processo de usinagem, cujo objetivo é obter uma peça com forma e dimensões definidas.
Para um melhor entendimento podemos fazer uma analogia com o ato de apontar um lápis, onde:

  • lápis é o tarugo;
  • lamina do apontador é a ferramenta de corte
  • material removido é o cavaco.
Os diferentes aspectos do cavaco nas operações de usinagem são apresentados, seguindo-se a ordem abaixo:
Formação do Cavaco
Classificação - dependo das condições de corte e características do material usinado pode-se considerar dois atributos específicos para o cavaco:
<font size=1>fonte: ISCAR</font>
Fonte: ISCAR
Assim como em outros processos de usinagem, no fresamento a remoção de material e a geração da superfície usinasda ocorrem em decorrência do movimento relativo entre peça e ferramenta. Há dois movimentos a considerar, o de rotação da ferramenta e o de avanço da peça. Em determinados casos, a ferramenta também pode realizar os dois movimentos.
A variedade de tipos de máquinas, a flexibilidade destas e a diversidade de tipos de ferramentas tornam o fresamento de larga aplicação para a usinagem de peças. Suas vantagens são encontradas na variedade de formas e superfícies que podem ser geradas, na qualidade do acabamento da superfície usinada e nas altas taxas de remoção de cavaco.
No fresamento, o processo de corte é intermitente e o cavaco possui uma espessura variável. A cada revolução da ferramenta, cada um dos seus gumes remove uma certa quantidade de material da peça.
As ferramentas de fresar são denominadas fresas e geralmente são providas de vários gumes dispostos ao redor do seu eixo de rotação. As máquinas-ferramenta que realizam o processo de fresamento são denominadas fresadoras. Elas são construídas de modo a assegurar os movimentos necessários para a remoção do cavaco e para a geração da superfície usinada.

O que é Aço Ferramenta?

aco-ferramentaO aço ferramenta representa uma importante fatia do segmento de aços especiais. Produzido e processado para atingir um alto grau de qualidade, o aço ferramenta é empregado na fabricação de matrizes, moldes, ferramentas de corte intermitente e contínuo, ferramentas para conformação de chapas, corte a frio e componentes de máquinas. Abastecem os segmentos de autopeças, automobilístico, eletro-eletrônico e extrusão de alumínio.
Este tipo de aço se caracteriza pela elevada dureza e resistência à abrasão. Tem boa tenacidade e mantém as propriedades de resistência mecânica mesmo sob elevadas temperaturas. Tais características são obtidas com a adição de altos teores de carbono e ligas como tungstênio, molibdênio, vanádio, manganês e cromo. A maior parte dos aços ferramenta é forjada. Outra parte é produzida por fundição de precisão ou por metalurgia do pó.
A fusão deste tipo de aço é realizada, geralmente, em quantidades pequenas em fornos elétricos. A seleção de matéria-prima é um fator de grande importância para o processo. Esse cuidado também pode ser verificado na utilização de sucata. Há ainda atenção especial com as tolerâncias de composição química e homogeneidade do produto final. Estas e outras particularidades tornam o aço ferramenta um material de custo mais elevado em comparação com os aços comuns.
Villares e Grupo Gerdau são os responsáveis pela produção nacional de aço ferramenta.

Classificação e Aplicação

Os aços ferramenta são classificados de acordo com suas características metalúrgicas principais ou de acordo com seu nicho de aplicação. A classificação do American Iron and Steel Institute (AISI) é a mais utilizada pela indústria de ferramentaria e tem se mostrado útil para a seleção do produto.
Apesar de existirem mais de 100 tipos de aços ferramenta normalizados internacionalmente, para as mais diversas aplicações e solicitações, a indústria trabalha com uma gama reduzida de opções. São preferidos aqueles que possuem suas propriedades e desempenhos consagrados ao longo do tempo, como, por exemplo, os aços AISI H13, AISI D2 e AISI M2.
Os aços ferramenta são divididos em diferentes tipos, de acordo com sua aplicação e características. São eles:
AÇO RÁPIDO - Desenvolvido para aplicação de usinagem em elevadas velocidades. Podem ser ao molibdênio (grupo M) e ao tungstênio (grupo T). Ambos possuem performance semelhante, entretanto os do grupo M apresentam menor custo inicial. O aço rápido ao molibdênio tem elevada dureza, resistência ao desgaste e boa tenacidade. Este tipo de aço é freqüentemente temperado em banhos de sais. Aplicação: ferramentas, brocas, perfuratrizes, alargadores de furos, machos para abertura de roscas e fresas helicoidais. Alguns tipos podem ser utilizados para determinadas aplicações a frio, como laminadores de rosca, punções e matrizes para corte de discos.
AÇOS PARA TRABALHOS A QUENTE - Indicado para utilização em operações de punçonamento, cisalhamento e forjamento de metais em temperaturas elevadas, condições de pressão e abrasão. São identificados como aço H, no sistema de classificação.
São divididos em três subgrupos: ao cromo (entre H10 e H19), ao tungstênio (de H21 a H26) e ao molibdênio (de H42 e H43). Aplicação: os aços ao cromo são utilizados em aplicações de transformações mecânicas a temperaturas elevadas. Os aços ao tungstênio são empregados como mandris ou matrizes de extrusão para aplicações de alta temperatura, como na extrusão de ligas de cobre, ligas de níquel e aço.
AÇO PARA DEFORMAÇÃO A FRIO - esse aço se restringe a aplicações que não envolvam aquecimentos repetidos ou prolongados em faixas de temperatura de 205º a 260º C. Isso porque não contém elementos de liga necessários para resistência à deformação a quente. São divididos em três grupos: aços temperáveis ao ar (grupo A), alto-carbono e alto-cromo (grupo D) e temperáveis em óleo (grupo O). Aplicação: os do grupo A são aplicados na produção de facas de cisalhamento, punções, corte de chapas para estampagem e matrizes para aparar. Os do grupo D são aplicados em ferramentas de forjamento, rolos de laminação de rosca, estampagem profunda, moldes de tijolo, calibres, operações de brunimento, rolos e facas para corte de tiras. Os do grupo O são utilizados em matrizes e punções para corte de chapas para estampagem, rebarbação, trefilação, flangeamento e forjamento.
AÇOS RESISTENTES AO CHOQUE - Seus principais elementos de liga são manganês, silício, cromo, tungstênio e molibdênio. Quase todos os aços deste tipo (conhecidos como Grupo S) possuem conteúdo de carbono de aproximadamente 0,50%. Por conta disso, apresentam uma combinação de elevada resistência e tenacidade e baixa ou média resistência ao desgaste por abrasão. Aplicação: talhadeiras, formões, contra-rebites, punções, brocas-guia e outras aplicações que requerem elevada tenacidade e resistência ao choque.
AÇOS BAIXA-LIGA PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS - este tipo de aço ferramenta possui pequenas quantidades de cromo, vanádio, níquel e molibdênio. A demanda por estes aços vem caindo continuamente. Atualmente, existem apenas dois subgrupos, ambos temperáveis a óleo. São os aços do grupo L. Aplicação: são utilizados em componentes de máquinas como cames, placas, mandris e pinças de tornos.
AÇOS PARA MOLDAGEM - Esses aços possuem cromo e níquel como principais elementos de liga. Apresentam características de baixa resistência ao amolecimento em altas temperaturas. Aplicação: utilizados quase que exclusivamente em peças fundidas sob pressão ou em moldes para injeção ou compressão de plásticos e são classificados como grupo P.
AÇOS TEMPERÁVEIS EM ÁGUA - Nestes aços o carbono é o principal elemento de liga. São adicionadas, também, pequenas quantidades de cromo para aumentar a temperabilidade e a resistência à abrasão, e de vanádio, para manter uma granulação fina, e conseqüentemente, maior tenacidade. Pertencem ao grupo W. Aplicação: utilizados em ferramentas para forjamento a frio, cunhagem de moedas, gravação em relevo, trabalho em madeira, corte de metais duros (machos e alargadores), cutelaria e outras que requeiram resistência ao desgaste por abrasão.

Usinagem como Referêncial Pré-Histórico

A Pré-História compreende o período que vai desde o surgimento do homem até o aparecimento da escrita, sendo subdividida em:
  • Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- fig. Machado de Pedra Lascada)
  • Idade da Pedra Polida (Neolítico-fig. Foice de osso)
  • Idade dos Metais (fig. Pontas de armas)
Observe que a usinagem evoluiu juntamente com o homem, sendo usada como parâmetro de subdivisão de um período.
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Fonte: SOUZA. Osvaldo, "História Antiga e Medieval", Editora Atica

Surge o Princípio da Fabricação

No Periodo Paleolítico, as facas, pontas de lanças e machados eram fabricados com lascas de grandes pedras. No Periodo Neolítico, os artefatos eram obtidos com o desgate e polimento da pedra (Princípio da Retificação).

Surge o Conhecimento de Novos Materiais

O Homem passa a usar metais na fabricação de ferramentas e armas no fim da pré-história. Os primeiros metais a serem conhecidos foram o cobre e o ouro, e , em escala menor, o estanho. O ferro foi o último metal que o homem passou a utilizar na fabricação de seus instrumentos.

A Evolução da Ferramenta

Com a pancada de uma cunha manual surgiu o cinzel, movimentando esta ferramenta para frente e para trás, aplicando-se pressão surgiu a serra.
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Dispositivo da era Neolítica usado no corte de pedras
Um grande avanço nesse período foi a transformação do movimento de translação em movimento de rotação (com sentido de rotação invertido a cada ciclo). Este princípio foi aplicado em um dispositivo denominado Furação de Corda Puxada
A prova da existência desse mecanismo foi uma pintura encontrada em um túmulo datado de 1450 A.C.
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A Evolução da Máquina Ferramenta

A figura abaixo mostra que a evolução das máquinas possibilitou que um só homem, com pouco esforço físico, realizasse seu trabalho.
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No século 19 o trabalho do ferreiro era muio lento. Surgem então as máquinas movidas a vapor (energia esta transmitida através da oficina por meio de eixos, correias e roldanas). Mais tarde o vapor seria substituido pela energia elétrica.
A introdução de suporte mecânico no torno é um outro exemplo de um grande avanço no processo de fabricação. O suporte eliminou a necessidade de segurar as ferramentas com as mãos, diminuindo portanto o risco de acidentes.
usinagem-como-refrencia-pre-05
Porém foi durante o período de guerra que ocorreu considerável progresso das máquinas destinadas à fabricação. O marco deste progresso foi o surgimento de partes intercambiáveis.

Forças que atuam no Fresamento

No fresamento, uma das operações de usinagem mais comum da indústria (confira o Fresamento e suas finalidades), a força que atua na deformação local de material e formação de cavaco é medida em um único ponto, localizado no gume cortante. Considerando esta força entre a peça e a ferramenta em um único lugar facilita o seu cálculo.

De maneira geral, a direção e o sentido da força F são difíceis de se determinar. Por isso ela é decomposta em componentes.

As componentes de F são identificadas por índices: "c" para a direção principal de corte, "f" para a direção de avanço e "p" para a direção passiva (perpendicular ao plano de trabalho "Pf").
fresamento_forcaA Força de Corte "Fc" tem o mesmo sentido e direção da velocidade de corte "vc". Ela é responsável pela maior parte da potência de corte. A Força de avanço "Ff" tem o mesmo sentido e direção da velocidade de avanço "vf", causando a deflexão da ferramenta. A Fp é a componente de F perpendicular ao plano de trabalho Pf (onde se localizam "Fc" e "Ff"). Caso a ferramenta tenha gumes retos (kr = 90o, ls = 0o) a Fp será muito pequena em relação à Fc e Ff.

A potência de corte "Pc" é a potência entregue ao gume da ferramenta e consumida na remoção de cavacos. A de acionamento "Pa" é a potência que o motor fornece para a máquina ferramenta. Ela difere da potência de corte pelas perdas que ocorrem por atrito nos mancais, engrenagens, sistemas de avanço, entre outros. O rendimento "h" da máquina ferramenta é definido pela razão entre Pc e Pa.

A diversidade de estratégias de usinagem, da variação de espessura do cavaco e das diversas geometrias de ferramenta disponíveis torna muito mais difícil obter o equacionamento da força de corte no fresamento que no torneamento.

Características das operações de fresamento

Já foi discutido em outras matérias a importância do fresamento (Fresamento e suas finalidades e Remoção de metal pelo processo de fresamento), seus parâmetros e as forças de corte. Uma das mais importantes fresadorasoperações de usinagem, pode ser realizada com três diferentes máquinas: fresadora horizontal, vertical ou universal.

Cada uma das máquinas é responsável por processos específicos - exceto a a universal que é capaz de realizar os processos das outras duas de acordo com a ferramenta usada.

Operações com fresadora Vertical

Abaixo estão alguns exemplos de operações de usinagem que se pode executar com a fresadora vertical:

1. Fresamento frontal
No fresamento frontal a superfície fresada é plana e, pela sua alta produtividade, deve ser preferido sempre que possível. Podemos utilizar várias ferramentas para esse tipo de operação, como as fresas de topo e as cilídrico-frontais.

2. Fresamento de cantos a 90°
No fresamento de canto a 90° também podemos utilizar a fresadora vertical. Normalmente utilizada uma fresa de topo de haste cilíndrica.

3. Fresamento de ranhuras em T
Para realizar esse tipo de operação, primeiro é preciso abrir o canal da ranhura com um fresa de topo, para depois executarmos a forma T com uma fresa de haste para ranhura T.

4. Fresamento de guias em forma de cauda de andorinha
Realizada com uma fresa frontal angular, a abertura de guias em forma de cauda de andorinha podem ter ângulos de 45°, 50°, 55°, e 60°.

5. Fresamento de canais
A operação é feita com fresas de topo (tanto fresas com haste cilíndrica quanto com haste cônica).

6. Faceamento
O faceamento é utilizado para desbaste e rebaixos, gerando superfícies planas perpendiculares ao eixo da ferramenta, quando usada este tipo de fresadora.
fresadora_vertical

Operações com fresadora horizontal

Abaixo estão 8 exemplos de operações realizadas em uma fresadora horizontal:

1. Fresamento de formas complexas
As fresas compostas sao usadas no fresamento de formas complexas, associando varias fresas de forma mais simples. Também são conhecidas como de trens de fresas.

2. Fresamento periférico ou tangencial
As fresas cilíndricas só cortam na periferia cilíndrica, gerando superfícies planas, paralelas ao eixo da ferramenta. Há três tipos principais: N (normal), H (materiais duros), e W (materiais moles).

3. Fresamento de ranhuras e contornos
Para realizar este tipo de fresamento são usada fresas cilíndrico-frontais. Essa ferrameta gera uma superfície plana, resultante da ação combinada dos gumes da periferia e da face frontal da fresa.

4. Fresamento de ranhuras (chavetas) Woodruff
As fresas com haste para ranhuras Woodruff possuem a haste cilíndrica, utilizadas para abrir ranhuras para chavetas do tipo Woodruff.

5. Fresamento de guias prismáticas
Usadas na abertura de guias prismaticas para máquinas, são padronizados os ângulos de 45°, 60° e 90°.

6. Fresamento de ranhuras com perfil constante
As fresas detalonadas são utilizadas na usinagem de formas complexas. podem ser inteiriças (quando a fresa já tem a forma do perfil a ser produzido) ou o perfil a fresar pode ser obtido pela justaposição de várias fresas (trem de fresas), formando assim o perfil desejado.

7. Fresamento de canais
As fresas de disco, por serem de diversas formas e tamanhos, além da possibilidade de poderem ser montadas como um trem de fresas, são aplicadas nas mais variadas operações de fresamento.

8. Fresamento de roscas
As fresas de mandril, para roscas, são ferramentas aplicadas neste tipo de abertura em parafusos e porcas.
fresadora_horizontal

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Termos de "Segurança das Ferramentas de Metal Duro"
Ferramentas de Metais Duros:
Termo geral para ferramentas de metais como liga de metal duro, cermet, cerâmicas, CBN sinterizado, diamante sinterizado, etc.
Liga de metal duro:
Ferramentas com materiais que possuem WC (Carboneto de Tungstênio) como componente principal.
Características Físicas
Aparência:
Varia conforme o tipo do material. Ex. cinza, preto, ouro, etc.
Cheiro:
Nenhum
Dureza:
  • Metal duro, Cermet HV500-3000kg/mm²,
  • Cerâmicas HV1000-4000kg/mm²,
  • CBN Sinterizado HV2000-5000kg/mm²,
  • Diamante Sinterizado HV8000-l2000kg/mm²
Peso específico:
  • Metal duro 9-16, Cermet 5-9,
  • Cerâmicas 2-7, Sinterizado CBN e Diamante 3-5
Componentes
Metal duro, nitreto, carbonitreto, óxidos
como W, Ti, Al, Si, Ta, B e metais
como Co, Ni, Cr, Mo.
3. Sugestões de Manuseio de Ferramentas de Metal Duro
  • Os materiais das ferramentas são extremamente duros e quebradiços ao mesmo tempo. Portanto, podem quebrar-se por choques ou apertos excessivos.
  • Ferramentas de metal duro possuem peso específico elevado. Por isso, exigem atenção especial como materiais pesados quando o tamanho ou a quantidade forem grandes.
  • Materiais das ferramentas e os materiais ferrosos possuem coeficientes de dilatação térmica diferentes. Contração ou expansão para montagem desses produtos podem causar quebras quando aplicadas em temperaturas maiores que as apropriadas às ferramentas.
  • Tenha atenção especial na armazenagem desses materiais. Sua tenacidade é diminuída quando são corroídos por óleos refrigerantes ou outros líqüídos.
Produtos Perigo Precaução
Todas as
Ferramentas
de Usinagem
Ferramentas de usinagem têm arestas de corte afiadas. Manuseá-las com mãos nuas pode provocar ferimentos. *Tome precauções como utilizar luvas para manusear e instalar ferramentas.
O uso impróprio de ferramentas e a aplicação de dados de corte inadequadas podem causar quebras e estilhaços que podem ser expelidos da máquina, provocando riscos de acidentes e ferimentos. *Use equipamentos de proteção individuais adequados e óculos de proteção.
*Referencie-se nas notas explicativas de uso.
Use ferramentas de acordo com as recomendações do catálogo.
O aumento dos impactos e dos esforços de usinagem devido ao desgaste excessivo pode causar quebras e estilhaços que podem ser expelidos da máquina, provocando riscos de acidentes e ferimentos. *Use equipamentos de proteção individuais adequados e óculos de proteção.
*Substitua a ferramenta antes do desgaste excessivo.
Ferramentas e peças podem tornar-se extremamente quentes durante a usinagem.Tocá-las com mãos nuas pode causar queimaduras. *Tome precauções como usar luvas.
Cavacos quentes são produzidos e expelidos durante a usinagem provocando risco de ferimentos e queimaduras. *Use equipamentos de proteção individuais adequados e óculos de proteção.
*Durante a remoção de detritos e limpeza da máquina, tenha certeza de que a máquina está parada e use luvas de proteção.
Em usinagem, fagulhas, cavacos quentes e geração de calor causados por quebra da ferramenta provoca risco de ignição de fogo e incêndio. *Evite utilizar ferramentas onde há a possibilidade de ignição de fogo e incêndio.
*Tenha certeza da localização dos extintores de incêndio quando não usar refrigeração à base de óleo solúvel.
O uso de máquinas, pinças e ferramentas sem balanceamento em altas rotações pode causar quebras e provocar riscos de ferimentos. *Use equipamento de proteção adequados e óculos de proteção.
*Verifique a máquina sempre que existirem vibrações e sons anormais.
Manusear peças usinadas com rebarbas com as mãos nuas podem provocar ferimentos. *Use equipamento de proteção adequados tais como luvas e óculos de proteção.
Insertos
Intercambiáveis
Se insertos e componentes não forem fixados de forma apropriada, eles podem se soltar e ser expelidos produzindo riscos de ferimentos. *Limpe os alojamentos dos insertos antes de fixá-los.
*Use a ferramenta adequada para fixar os insertos e assegure-se que insertos e componentes estão bem fixos. Não utilize as ferramentas para outros fins que não sejam os prescritos.
Fixar insertos e componentes com força excessivas através do uso de extensões e canos podem quebrá-los e expelí-los. *Não utilize extensões extras, apenas as ferramentas e componentes fornecidos.
Quando utilizar ferramentas em usinagem de altas velocidades, componentes e insertos podem ser expelidos pela força centrífuga. *Referencie-se nas notas explicativas dos catálogos.
Utilize ferramentas dentro das recomendações de usinagem.
Suportes e Outras
Ferramentas
Rotativas
Fresas têm arestas de corte afiadas.
Manuseá-las com mãos nuas pode causar ferimentos.
*Tome precauções como usar luvas.
Falta de balanceamento ou ferramentas fora de centro pode provocar vibrações e danos que podem causar sua quebra e expelir fragmentos da máquina. *Aplique velocidades de corte dentro das recomendações de usinagem.
*Ajustes de precisão, balanceamento da árvore e substituição dos rolamentos da máquina periodicamente previne rotações excêntricas e vibrações causadas pelo desgaste destes componentes.
Brocas Alguns casos de usinagem onde a peça gira podem produzir um disco afiado que pode causar a quebra da ferramenta. *Use equipamentos de proteção individual adequados e óculos de proteção.
Brocas com diâmetros extremamente pequenos têm uma ponta muito afiada que pode perfurar a pele se não manuseadas com cuidado. Se a broca quebrar durante a usinagem alguns estilhaços podem ser expelidos. *Manuseie com cuidado. Use equipamentos de proteção individuais adequados e óculos de proteção.
Ferramentas
Soldadas
Fragilidade da solda e quebra de insertos podem causar danos. *Antes do uso certifique-se de que estão bem soldados.
*Não utilize em condições que produzem altas temperaturas.
Outras Máquinas e ferramentas podem sofrer danos se eles são utilizados para outros propósitos além dos quais foram projetados. *Utilize-os somente para o que são indicados.